A Coligação para a Integridade Organizacional em parceria com o Instituto de Ética (TEI, sigla em inglês) lançou  no passado dia 19 de Novembro a sua primeira masterclass virtual, ministrada pelo director Técnico da OCAM, Hendro Nhavene e pela Fátima Rawat do Instituto de Ética.

A Coligação é uma iniciativa de acção colectiva para construir e reforçar a capacidade de gestão ética no sector privado.  A formação da Coligação é financiada pela Iniciativa de Integridade da Siemens e é implementada pelo Instituto de Ética que tem uma vasta experiência na construção de capacidade de gestão ética em Moçambique e em toda a região da SADC ao longo dos últimos 20 anos.

O objectivo da iniciativa é reforçar a capacidade de funcionamento ético das organizações e envolve formação ética a nível executivo e operacional para as empresas participantes na Coligação.

A acção colectiva liderada pelo sector privado é uma forma poderosa de enfrentar os desafios através da colaboração e cooperação. Pode reforçar o papel das empresas para assegurar a criação de emprego e o crescimento económico sustentado.

Por outro lado, o Instituto de Ética irá lançar o seu primeiro recurso português de gestão ética em organizações, nomeadamente o "TEI Manual de Codigos de Etica". O Manual de Códigos de Ética fornece orientação prática a pessoas em posições de governação e gestão que têm alguma forma de responsabilidade no desenvolvimento ou implementação de códigos de ética.

A Pandemia da Covid-19  obrigou a Federação Pan-Africana de Contabilistas ( PAFA) a alterar a data da realização do Congresso Africano de Contabilidade - ACOA, inicialmente  previsto para os dias 14 a 18 de Junho de 2021, na capital moçambicana, Maputo.

Com o tema “O  Acolhimento da 4ª Revolução Industrial” o maior evento de Contabilidade do África  terá lugar nos dias  24 a 26 de Novembro de 2021 nas instalações do Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano.

Pretende-se neste Congresso dar um contributo significativo para o estado de desenvolvimento da profissão contabilística em África e no Mundo, nas vertentes tecnológicas, científica e de aplicação e prevê-se a participação dos membros do Governo ao mais alto nível e do Presidente da Federação Internacional de Contabilidade (IFAC), organismo que tutela a profissão a nível mundial.

As tecnologias da quarta Revolução Industrial (4IR) tem vindo a se fazer sentir quer no sector privado, quer no sector público e todas esferas da sociedade há bastante tempo, desde a venda a retalho, fabrico e mineração até à prática da advocacia. Actualmente impõe desafios que estão acima de produção, mas também no consumo, a tecnologia esta mudar a forma como vivemos e interpretamos o mundo, as nossas crenças, valores e as inspirações.

Lançado em 2011 pelo PAFA, as primeiras 4 edições do ACOA foram um grande sucesso. Realizaram-se sucessivamente no Quénia, Gana, Maurícias e Uganda com mais de 1000 participantes de diferentes lados, vindos de África, América, Ásia e Europa.

A Federação Internacional de Contabilistas (IFAC)) realizou, de forma virtual, nos dias 11 e 12 de Novembro, a reunião anual do seu Conselho de Administração, que contou com a participação do do Secretário Geral da OCAM, Gildo Cossa.  

Durante a reunião,  foi  eleito o novo presidente da IFAC, o contabilista  inglês Alan Johnson, que tomou posse, substituindo o contabilista coreano In-Ki Joo. A Federação é a principal organização global da profissão, com 175 organizações membros e associadas em 130 países, representando cerca de três milhões de contadores.

A OCAM  é a  mais nova membro  da Organização cuja admissão aconteceu em Novembro de 2019.

Quem é  Alan Johnson?

Alan Johnson tornou-se Presidente da IFAC em Novembro de 2020, tendo anteriormente servido como Vice-Presidente de 2018-2020 e como membro de bordo desde Novembro de 2015. Foi nomeado para a direcção da IFAC pela Association of Chartered Certified Accountants (ACCA).

Alan Johnson é um antigo director não executivo de Jerónimo Martins SGPS, S.A., um retalhista alimentar com operações em Portugal, Polónia, e Colômbia, tendo completado o seu mandato no conselho de administração em 2016. É actualmente o Presidente independente da Comissão de Controlo Interno da empresa. Anteriormente, foi Director Financeiro do Grupo Jerónimo Martins de 2012 a 2014. Entre 2005 e 2011, foi Director Executivo de Auditoria do Grupo Unilever.

Johnson também serviu como Director Financeiro dos negócios da Unilever Global Foods e trabalhou para a Unilever durante 35 anos em vários cargos financeiros em África, Europa e América Latina. Entre Julho de 2018 e Setembro de 2020 foi director não executivo do Departamento para o Desenvolvimento Internacional do Reino Unido (DFID) e presidiu à sua Comissão de Auditoria e Garantia de Riscos.

A União dos Contabilistas e Auditores de Língua Portuguesa (UCALP) realizou no passado dia 24 de Setembro, o segundo Ciclo de Conferências online “Conviver com a Pandemia” que tinha como objectivo discutir as experiências dos países membros face a pandemia da Covid 19.

O evento que se enquadra na celebração do primeiro ano da constituição da UCALP contou com a participação dos Bastónarios das Ordens de Contabilistas e Auditores dos países falantes de língua portuguesa.

Falando na abertura do encontro, Paula Franco, presidente da UCALP e da OCC começou por dar um breve panorama da situação da Covid no mundo que afectou muitas economias.

Nesse período da pandemia muitas empresas fecharam as portas gerando milhares de desempregados.

Segundo a  Presidente da UCALP e da OCC, os contabilistas assumem neste período um papel de psicólogos das empresas que já vinham assumindo mas agora com mais destaque.

Nos países de Língua oficial Portuguesa, incluíndo Moçambique os governos adoptaram medidas que visavam protejer a ecomonia e insetivar os empresários a continuarem com as suas actividades.

Por exemplo, o Bastonário da OCAM e também vice-presidente da UCALP, Mário Sitoe na sua intervenção referiu  que os Contabilistas e Auditores de Moçambique foram chamados a dar a sua melhor contribuição para que o País não parasse.

Houve necessidade de acelerar a informatização dos sistemas tributários para facilitar o pagamento de impostos, e consequente ganho de tempo nas repartições das finanças, bem como, uma medida de prevenção do novo coronavírus.

Referiu que as actividades ao nível da OCAM não pararam, sendo o ponto mais alto, a inauguração da Academia que iniciou com cursos Onlines  em Agosto último.

Os participantes foram unânimes ao afirmar que é importante unir forças pois as marcas da pandemia na economia vão perdurar por mais tempo, mesmo com a descoberta de uma vacina.

Para além de Moçambique fazem parte da UCALP os seguintes países: Angola, Brasil, Cabo Verde; Guiné Bissau; Guiné Equatorial, Portugal, Timor Leste e a província de Macau na China.