A Ordem dos Contabilistas e Auditores de Moçambique ( OCAM ) e o Instituto de Ética (TEI) debateram ontem, na Academia da OCAM, elementos fundamentais para conduzir uma investigação ética.
O evento que decorreu em formato híbrido e contou com cerca de 70 participantes, foi conduzido pela gestora de Ética Organizacional do TEI, Liezl Groenewald.
Durante a formação, os participantes foram dotados de técnicas a aplicar na investigação, por exemplo, em casos de assédio sexual, conflitos de interesse, e práticas irregulares de recrutamento e promoção, deparadas em muitas empresas.
Liezl Groenewald explicou que o sucesso de uma investigação está directamente relacionado com a quantidade de informação que é obtida e, que muitas vezes depende da capacidade do profissional de ética para entrevistar.
“ É preciso saber que perguntas fazer, quando calar, quando investigar, quando repetir informações e quando é apropriado fazer perguntas abertas ou fechadas. São elementos essenciais do conjunto de competências de um entrevistador. Uma entrevista de investigação só é boa quando a pessoa que a conduz consegue manter o equilíbrio”.
De referir que o workshop, decorreu no âmbito do acordo rubricado entre a OCAM e o TEI, em 2020 que visa capacitar indivíduos através da sua requalificação com os conhecimentos sobre como institucionalizar um programa de gestão ética nas suas organizações, bem como, abordar matérias anti- corrupção para as PME, num período de curto, médio e longo prazo.
Com este acordo, as partes colaboram, na co-apresentação de seminários, sessões de diálogo relacionadas com a ética, conferências e quaisquer oportunidades de formação com o objectivo de partilhar conhecimentos relevantes e capacidade para melhorar a ética empresarial e profissional em Moçambique.